quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A actividade comercial no porto da Figueira e a construção naval no século XVII

O ano de 1600 marcou o início do Primeiro Livro de Assentos de baptismo na Figueira. Estimou-se uma população de 300 habitantes.
Após a Restauração em 1640, devido à abertura aos mercados estrangeiros e à permissão de livre circulação de mercadorias dentro do reino, a actividade comercial do porto da Figueira e dos demais portos do país intensificou-se significativamente, sobretudo quanto à pesca, sal e vinho.
Assim, na segunda metade do século XVII, o movimento médio anual de barcos no estuário do Mondego, fora já de 70, sendo em grande parte portugueses e espanhóis.
As indústrias de construção naval locais situadas junto às enseadas do Mondego, começaram a despontar, graças às condições naturais existentes.
Já no século XI, com a vinda de mestres Genoveses, se tinha iniciado na foz dos rios Minho e Douro, a construção de barcos de porte capaz de entrar em alto-mar.
No reinado de D. Dinis, a construção naval conheceu um desenvolvimento importante, com barcos a passarem as 100 toneladas.
No reinado de D. Fernando, no último quartel do século XIV, a construção naval e o comércio marítimo atingiram já grande significado em Portugal.

(Baseado em “ A Figueira da Foz e o Desenrolar da História” de Manuel Joaquim Moreira dos Santos)