segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O porto

Há 2500 anos, a configuração do litoral desta região era muito, mas muito diferente da actual. O rio Mondego desaguava num golfo que se prolongava por mais de 10 km para o interior.
É muito provável que os sedimentos transportados pelo rio Mondego, que, na maior parte, com o decorrer do tempo, tenham progressivamente colmatado o golfo aludido e feito avançar a linha da costa.
Constituindo um local abrigado, e propiciando o rio Mondego uma navegação fácil, não é de surpreender que este zona tenha sido, desde cedo, ocupada e utilizada como porto.
A história do porto da Figueira da Foz, é longa. Efectivamente, já em 1166, uma doação de D. Afonso Henriques ao mosteiro de Santa Cruz de Coimbra se referia, a determinado passo, à foz do Mondego”por onde entravam navios cuja portagem e mais direitos…”.
Já nesta altura, as actividades de pesca e comércio marítimo, tinham adquirido alguma importância, não só na parte montante do estuário, mas também na enseada de Buarcos.
Os documentos antigos, não referem a designação de Porto da Figueira. Só a partir do século XVI é que começou a ser citada a designação de “Figueira da Foz do Mondego”.
A pesca e o comércio marítimo, foram sempre uma constante na zona da foz do Mondego. Aumentou bastante nos finais do século XVII com o aparecimento dos estaleiros de construção naval, e com o desenvolvimento do comércio internacional e das actividades pesqueiras, nomeadamente a pesca do bacalhau.

(Baseado em Dias, Ferreira & Pereira, 1994 Ed. Electrónica 2005 w3ualg.pt/~jdias/JAD/ebooks)

O que observamos hoje, a grande extensão de praia na Figueira e a escassez de areia em Buarcos e Cabo Mondego, devem-se sobretudo, ao assoreamento do rio, para que este se tornasse mais navegável.

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